terça-feira, 13 de março de 2012

Contada do meu jeito

nenhum sinal de príncipe encantado, como era dito pelo único destino que conhecia. nenhum sinal de bravura, amor maior. continuava trancafiada na torre. sozinha. presa pelas ilusões que alimentava. ficou até aquele momento esperando as promessas do cavalo branco, armadura e o que a historia e imaginação dava direito.
o que não estava escrito era o tédio que sentia pela parede laranja, mofada. a vista cada vez mais poluída de prédios que escondia o Sol, e tirava o encanto das manhãs. fortaleza de sonhos e desejos que ela mesma contruirá, e cansou-se de continuar ali ao decorrer dos anos.
... percebeu, a chave amarrada em seu pulço desde sempre. o poder sobre ela mesma estava ali. e sem tempo e não dando espaço para príncipe encantado nenhum chegar de ultima hora ela libertou-se da maldição dos seus medos que formaram a torre e deslumbrou- se com a vista que viu e sentiu pela primeira vez.
sem ajuda de ninguém.
Nem de príncipe, de cavalo, dessas bocetas todas que contam...