Ei fascínio.tiras a dor da tua ausência que me acompanhas
feito carma.tiras o som preto e branco que persiste em tocar na vitrola de notas coloridas.tiras o
ardor de uísque que impregnou na minha saliva.tiras o desvaneio caixilhado no
meu eu que ‘’paixão antiga não morre’’, nunca.tiras todo áspero que pecou com
teu corpo inventado ou não, por minha mente tortuosa. tiras mais. tiras minhas
fitas, meus laços, minhas correntes, que premem meus órgãos em ergástulos, mata
desacelerada-mente.tiras a chance da vinda de novos amores.tiras a vontade de
desenterrar os velhos.tiras a sujeira
das noites. as insones, as perdidas em corpos anônimos, as luzes de bares que
não eram as do teu quarto, e as olheiras que vieram como resultado. tiras todo
o resto.fica apenas tu.