ela não fez nada, não era nada e se considerava um nada. a vida com ela era nada, boa nem ruim.amada nem sofredora. pacata nem intensa. não tinha polo, e não era nem a linha do equador.
trabalhava a três anos na mesma mesa. seu diploma na empresa, não servia de nada. não subia nem descia. não tinha interesse de saber o que realmente gostava. não quis procurar saber o que preencheria o seu nada. paixão, tesão, prazer pelo que faz, saber o que quer e fazer isso com sentimento... Helena não via.
tenho dó de tantas Helenas que acordam para serem apenas uma. não unica. nascemos pra sermos únicos, e não nos contentar com o que não nos satisfaz.