segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vagueia pela casa fumando o filtro do marlboro. bebendo vinho seco numa taça suja de batom vermelho.enrolando notas de cinco e enfileirando no prato mais ócio racional.
já não queria ser bem resolvida. deixar tudo preto no branco.
para colocar as coisas no devido lugar teria que abster-se de muito.  e esses princípios puritanos, regrados nunca a atraíram.
só a desordem.  só o caos é capaz de fasciná-la.
ela é mais um corpo vago. marcado pela magreza dos ansiolíticos. não tem alma. havia trocado a tempos por cachaça de jambu. é barata e acha um barato dar um tapa no baseado e descobrir-se momentânea e improvisada. descobrir-se sem sentimentos .
descobrir-se só sentidos. só toque.
não mede seus atos. mas confessa a si que quanto mais falho o ato mais certa a inspiração.
assim rege uma orquestra de lastimas e prantos. por todos os rapazes enganados.
uma obra de perfeição pode vir dos bueiros.
e essa era sua obra prima.