sábado, 31 de agosto de 2013

pensava em fugir. pensava em fugir. sempre pensou. alias, uma vez se escondeu atrás do chuchuzeiro deixando um recado ao seus pais ’’não me procurem, estou indo morar no bosque’’. alimentou o pensamento também adolescência nonsense, onde reclamava por querer independência, bebendo cerveja na Ivete depois da aula. aos 17 se pode tudo.
pensou que se por acaso. deixasse as gavetas por aqui e se mandasse com sua vitrola, e alguns livros do stanislavski. talvez na volta chegasse com uma tatuagens inglesas shakespereana.
 Aiai, como pensava em colocar os livros na mochila e só ir. pegar o carro. escutando uns Beatles, uns barão com cazuza, uns lobão.


pensava em fugir enquanto terminava sua xícara de chá.