domingo, 10 de março de 2013

ao meu coração com esmero

amado, dono dos meus delírios nirvana  e dos meus infernais tormentos. sei que te dei pausa, não me enrosquei em nenhuma paixão que traz desgraça e benção na mesma estrofe. sei que deves estar sentindo-se revigorante, afoito e empolgado pra sair escuridão a dentro caindo na boemia, em vinhos e linguas.
peço-te (me) as desculpas sinceras de sua serva que vive com o teu batimento.
querido órgão, devo te confessar que nessa pausa, nesse descanso,  perdi o jeito de balançar, de conquistar.
tu deve ter sentindo um pouco, nem tão jovem sou mais, e pelas ínfimas e infinitas paixões que tive o tempo me passou para trás.
as moças boas casaram cedo, e as entrelinhas como eu, não sabem onde enfiar o pé.
sou mais uma a cessar na juventude.

prantos.