sexta-feira, 21 de setembro de 2012

só quero ficar no meu cantinho. isolada. pra ninguém me machucar.

chuva. cinco horas da manhã. o proposito de tomar a quantidade de remédio que tomei era no minimo pra acordar as seis da tarde, mas não. os meus fantasmas me vencem. a insonia me vence.o remédio falha.. e me vejo aqui patética, bebendo uísque e escrevendo pra ver se passa um pouco essa dor.
dor sem motivo.
eu sempre me arrisco. e não aprendo. arrisquei muito a ponto de colocar em jogo as coisas que me faziam bem, como a minha solidão, meus copos, minhas noites. arrisquei porque fui medíocre. escutei o que todos diziam pelas praças, pelos livros, pelos jornais, ''tu só é feliz ao lado de outro alguém''. e assim fui, esqueci minhas experiencias frustrantes, pra me frustrar outra vez.
não sou grande fã de filmes norte-americanos, porem não vejo mal algum em ver aquelas tias que tem a companhia de muitos gatos. solteironas cheias de gatos, de cá pra lá.
no meu ponto de vista elas até que vivem uma vida bem agradável, perdida nos metros quadrados por chamego e bolas de pelos. dói apenas arranhões inconscientes, que não se compara a dor que pessoas banais com acesso a sua vida podem deixar.

falando bem a verdade, eu não queria acordar nem hoje, nem amanhã e nem a semana inteira. queria acordar só quando sentisse firmeza nos meus pés pra percorrer o meu chão, que hoje é um campo minado.sem espaço pra correr.
vivo, mas não vivo. refugio-me.
e entre tantas bombas, só queria atrasar meu relogio, rever minhas decisões. eu perdi mais que ganhei, dá pra se ver nesse semblante que só sabe...
chorar, chorar, chorar.
não vou me acovardar. pretendo atravessar por tudo isso, mesmo que lá no fim eu não me encontre, não encontre quem sempre fui...só preciso de algo que faça essa depressão cessar.
como diria Tiê, assinado eu!